Resenha: My Name Is Loh Kiwan (Filme)

Filme: My Name is Loh Kiwan (Meu nome é Loh Kiwan)
Ano: 2024 | País: Coréia do Sul
Gêneros: Romance, Drama
Duração: 2h 13min | Classificação: 18+
Sinopse: segue a história de um desertor norte-coreano que busca refúgio na Bélgica para honrar o último desejo de sua mãe. Sozinho e sem recursos, ele luta para sobreviver até que seus caminhos se cruzam com os de Marie, uma ex-atleta com seus próprios problemas. O encontro, que começa com hostilidade, evolui para um inesperado romance.
Onde Assistir: Netflix (site / app)
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"My Name Is Loh Kiwan" não é apenas um filme; é uma jornada visceral e comovente que transcende a tela e se aloja na alma. Em um cenário cinematográfico frequentemente saturado de narrativas previsíveis, esta obra-prima da diretora Kim Hee Jin surge como um farol de autenticidade, tecendo uma tapeçaria de emoções que nos leva da mais profunda tristeza à mais radiante esperança.

A história de Loh Kiwan (magistralmente interpretado por Song Joong Ki) é uma odisseia moderna, uma crônica da resiliência humana diante de adversidades inimagináveis. Como um desertor norte-coreano buscando refúgio na gélida e indiferente Bruxelas, Kiwan não luta apenas por um visto, mas pela própria dignidade de existir. A transformação física e emocional de Song Joong Ki é de uma entrega avassaladora, permitindo-nos sentir cada pontada de fome, cada calafrio e cada fagulha de esperança que seu personagem experimenta.

Ao seu lado, Choi Sung Eun brilha como Marie, uma alma igualmente perdida em um mundo que parece ter lhe virado as costas. A química entre os dois é elétrica e palpável, uma dança delicada de duas almas feridas que encontram um no outro um espelho para suas dores e um bálsamo para suas feridas. A relação deles não é um romance convencional, mas um encontro de destinos, uma prova de que a conexão humana pode florescer nos terrenos mais áridos.

A cinematografia é um espetáculo à parte. Os close-ups em Kiwan nos imergem em sua angústia, enquanto os planos abertos de Bruxelas, com sua beleza fria e arquitetura imponente, acentuam a sensação de deslocamento e solidão. A trilha sonora, sutil e poderosa, embala a narrativa com uma melancolia que, em vez de deprimir, eleva a experiência a um patamar quase poético.

"My Name Is Loh Kiwan" é um filme que ousa ser vulnerável, que não tem medo de explorar as sombras da condição humana para, no fim, encontrar a luz. É uma obra que nos lembra da importância da empatia, da coragem de recomeçar e do direito inalienável de cada ser humano de ter um lugar para chamar de lar. Uma experiência cinematográfica inesquecível, digna de todas as estrelas e de um lugar de destaque em nossos corações.

- Adm Ju

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