Resenha: Cheer Up (K-Drama)

Cheer Up poderia ser um drama icônico, até porque tem como influência uma das melhores músicas do Twice (inclusive, seria um sonho cantar ao vivo com elas, né?), só que com várias escolhas de roteiro prejudica demais a história, porém ainda garante aquela sensação de empolgação que o público tem com suas performances. Lembra até um pouco do quão era bom acompanhar Glee nas primeiras temporadas.

A história é sobre um grupo de líderes de torcida que vem representando a escola em várias gerações está passando por uma fase difícil e precisa lutar contra todas as forças para que os diretores não cortem as verbas para suas apresentações. Para continuar, eles decidem recrutar mais pessoas para competir e ainda precisam lutar contra os obstáculos do meio e aqueles que querem os derrubar.

E dentre esses novos integrantes temos a protagonista Hae Yi que é uma caloura na Yonhee University no ano de 2019. Ela vem de uma família pobre, e por isso seu objetivo principal é ganhar dinheiro. Ela entra para a Theia, uma equipe de líderes de torcida, apenas com o propósito de ganhar dinheiro, mas acaba encontrando muito mais, inclusive a si mesma. É uma personagem com uma personalidade muito cativante, forte e engraçada que nos faz torcer por ela.


Dentro da equipe de torcida conhecemos o capitão Jung Woo que é um aluno do último ano na universidade. Ele que tá com responsabilidade de “salvar” a equipe dos cortes de orçamento e garantir a tradição de décadas da equipe.



E para finalizar, temos o Sun Ho que é um calouro da Faculdade de Medicina que sempre foi um excelente aluno. No entanto, ele sente algo que nunca sentiu antes ao conhecer Hae Yi na equipe de líderes de torcida e vai atrás dela. Seu personagem, apesar do clichê meio playboy inicialmente, se mostra muito complexo ao conhecermos suas camadas e seu ambiente familiar. O que prejudica no triângulo amoroso, já que o desenvolveu tanto seu lado até mais que o capitão, mas sabemos que seu fim não é tão favorável, já por toda divulgação prévia… E aí que tá um dos erros do drama!



Um detalhe quando comecei a ver o drama é que dá uma sensação de estranhamento, já que o conceito de líderes de torcida na Coréia do Sul é um tanto bem diferente do conceito americano que estamos acostumados. Os visuais são bem diferentes, as músicas são um pouco bregas, a coreografias é bem repetitiva e exótica, e sem contar que o objetivo é animar a plateia que tá lá para ver o show e não um jogo. E por isso, no início tem um choque cultural, mas depois você entra no ritmo e curte cada vez mais as performances deles, mesmo ainda julgando no fundo da mente kkk...

Outros dois pontos que o drama pecou foram na assiduidade de exibição e no mistério desnecessário. A assiduidade foi um problema para quem estava acompanhando em andamento, porque direto acontecia de uma semana não ter episódios e prejudicou o ritmo e o engajamento de quem estava vendo. Aí lançava o episódio e nem lembrava onde tinha parado… Já em relação ao mistério, foi completamente desnecessário, mal feito e uma perda de tempo. E quando o drama parecia que tinha deixado de lado, voltava a insistir na ideia, pra quê, dona Coréia??

Só que nem tudo são críticas, preciso exaltar o oásis do décimo episódio! Fugindo da linearidade dos episódios anteriores, este foi todo o processo da bebedeira, da ressaca e de relembrar do que rolou. Tem muita vergonha alheia e muitas risadas que nos fez amar mais ainda cada personagem. Simplesmente, um kdrama perfection, pena que é somente um episódio que parecia que foi de outro roteirista ou diretor…

Assim, eu recomendo o drama para dar aquela descansada no cérebro e curtir a música, mas não posso garantir que vai ficar muito satisfeito com toda história…


- Adm Luiza


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