Resenha: To The Wonder (Mini Drama)

Mini Drama: To The Wonder
Ano: 2024 | País: China
Gêneros: Romance, Drama, Família
Episódios: 8
Sinopse: Sobre uma jovem do grupo étnico Han, dominante na China, cujas ambições literárias foram frustradas durante a sua estada na cidade grande, regressar à pequena cidade de Xinjiang onde cresceu. Lá ela lentamente se apaixona por um pastor nômade.
Onde assistir: Wei Fansub (site)
Tá aí um drama que ninguém esperava, mas com o burburinho na mídia internacional com a aclamação deste em Cannes e a avaliação altíssima de 9.4 no Douban (site de avaliação dos filmes e dramas, tipo o IMDB chinês), não poderia deixar de ver. E ainda bem que vi! Já adianto: dramão que merece todo o hype!

Ao longo da história acompanhamos pela perspectiva da protagonista Li Wen Xiu que é uma jovem aspirante a escritora e como pra ela também somos introduzidos à vida simples da vila de Altay no noroeste da China. Que ao contrário dos outros dramas, é uma cultura totalmente diferente numa região montanhosa e bem árida. Lá a subsistência é na criação de animais como ovelhas e muitos têm a cultura nômade de migrar para outros locais de acordo com a estação do ano. Assim podemos notar o quão vasto e diverso é o território chinês, que diferente dos outros dramas, lá em Altay eles têm muita influência do Cazaquistão e da Mongólia por estar perto das suas fronteiras. E isto influencia no dialeto falado por lá.

E com a migração de territórios para levar as ovelhas, vemos paisagens espetaculares e o quão grande é a biodiversidade da região. Além de notarmos as mudanças globais e tecnológicas que influenciam na população local e a tendência da extinção dessas tradições locais com os jovens seguindo outros caminhos de acordo com necessidade global. Como acontece aqui e no resto do mundo, os jovens indo para os grandes centros para estudarem e trabalharem, já no interior fica uma população mais idosa que não consegue seguir mais as tradições locais…

Outro detalhe, é que a história usa como pano de fundo a formação do primeiro amor entre a protagonista e o Ba Tai, que é pastoreio e domador de cavalos. Com as interações dos dois, podemos compreender mais a cultura local e ver o crescimento pessoal da Wen Xiu. Além das relações familiares que no início parecem frias e distantes, mas quanto mais os conhecemos, notamos o quão complexa é e o quanto existe o carinho e se importam entre si. Como o caso da mãe da protagonista, que primeiramente não a compreendemos, mas a cada episódio ela cresce e com ela vem muitos aprendizados como o luto, a busca pela liberdade e independência e desprendimento dos bens materiais e sim valorizar os aprendizados com as situações na vida.

No entanto, o drama tem um defeito: precisava de mais episódios! Confesso que ao ver que eram 8 episódios, fiquei feliz, porque não teria enrolação, mas ao finalizar fiquei frustrada por não ter mais para ter um fechamento mais detalhado e não tão aberto.

Desta forma, claro que recomendo a todos verem pra ter noção da variedade cultural que é a China, perder o fôlego com as paisagens e ainda se apaixonar pelo o fofo do Ba Tai hehe...

- Adm Luiza

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Trailer

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