Resenha: Live (K-Drama)

Um drama completamente escondido no imenso catálogo da Netflix, Live entrega uma trama muito mais complexa e profunda do que se poderia imaginar para um drama policial. E um agradecimento especial a todos seguidores que indicaram esse maravilhoso drama!

A história conta o dia a dia dos policiais em uma delegacia de patrulhamento. Eles tentam defender valores na vida cotidiana e manter a justiça. Jung-O vive com sua mãe solteira, que tem Síndrome do Pânico, e seu pai basicamente ignorou sua existência. Depois de se formar na faculdade, Jung-O se esforça para encontrar um emprego, mas sem muito sucesso, além de encontrar várias barreiras numa sociedade extremamente machista. Um dia, ela decide se preparar para o concurso de tornar policial. Ela estuda por 2 anos e finalmente passa no exame. Então ela entra na academia de polícia e começa o curso de formação de cadetes. Lá, ela conhece Sang-Soo, um homem com uma altura acima da média, que vive com a mãe e o irmão mais velho. Ele trabalhou como estagiário em uma empresa de água e queria se tornar um funcionário em tempo integral, mas caiu num golpe ao saber que a empresa era uma fraude, e para dar orgulho à sua mãe, ele se dedica completamente a passar no concurso da polícia.

Jung-O e Sang-Soo passam por momentos difíceis na academia de polícia, liderados por seu instrutor bem rígido Yang-Chon. Depois de finalizar o curso preparatório, Jung-O e Sang-Soo começam a trabalhar na Delegacia de Polícia de Hongcheon, sec encontrando em situações que nunca esperaram. Seu instrutor Yang-Chon recebe um rebaixamento e também começa a trabalhar na Delegacia de Polícia de Hongcheon.

Como podem ver pelo brevíssimo resumo da sinopse acima, a história é bem mais complexa que eu conseguiria escrever e muito se deve aos seus diversos personagens muito bem desenvolvidos, já que ao chegarem na delegacia de patrulhamento, somos apresentados a equipe 1 da delegacia e cada integrante tem uma história por trás. E nesta resenha, vou comentar um pouco sobre os principais e os mais marcantes.

Como citado anteriormente, Jung-O é uma nova cadete e antes de seguir na carreira policial, ela tenta conseguir um emprego nessas grandes empresas coreanas e lá o machismo rola solto. É bizarro que do outro lado do planeta, a luta das mulheres seja tão próxima e o quanto temos que engolir de sapo para sobreviver e ainda usar todo o argumento do serviço militar obrigatório… Já na polícia, ela vai ter que lidar com casos que despertam um trauma muito pesado de seu passado que somente sonoridade conseguimos entender o quanto profundo esse dano é para a vítima. Jung-O é a representação da empatia na equipe.
Já Sang-Soo começa não tão bem, até porque ele se queima pela sua própria boca. Porém , com o andamento da história seu personagem vai crescendo e vemos que sua beleza não é tão grande para um coração tão fofo e companheiro. Ele é o que mais se arrisca e vai à fundo em cada caso.
Yang-Chon é um policial muito rígido e com várias conquistas, por isso ele é muito respeitado na corporação. Porém ele age muito sem pensar e coloca seu emprego em primeiro lugar, então sua história é uma jornada de redenção para lidar tanto com seus problemas familiares que ele deixou de lado, quanto com as irresponsabilidades e um tanto inocência que ele teve na polícia. Um personagem que eu não dava nada no início e foi o mais profundo ao final.
E pra fechar, não poderia não comentar da Ahn Jang Mi, ela é uma detetive policial e esposa do Yang-Chon. Atualmente, ela está passando pela menopausa, problemas no trabalho com uma corporação machista que não a ouvem, seus pais internados no hospital e ainda com uma crise no casamento. Ou seja, mesmo no final de carreira, ainda não é fácil e ela é muito um espelho para a Jung-O.

Outro detalhe, é que como é uma unidade de patrulhamento, em muitos casos eles são os primeiros policiais a lidarem com as denúncias, então são os que estão mais expostos aos riscos e os primeiros a chegarem nas cenas dos crimes. O que pode mexer bastante com o psicológico deles e com suas vidas, lidando constantemente com o luto e as perdas.

Durante os 18 episódios, somos apresentados a vários casos interessantes com diferentes perspectivas que trazem uma relação mais realista de como lidam com isso e como muitas vezes a própria corporação falha até com seus próprios policiais. Um exemplo é como lidam com as manifestações que mesmo pacíficas, eles devem seguir seus protocolos.

E pra finalizar, a escolha das músicas para a OST que foram certeiras para me trazerem memórias reconfortantes. Primeiramente é que escolheram músicas em inglês já lançadas a tempos, o que foge do tradicional para os dramas. Segundo é que elas são muito boas!




Portanto, sim, vale MUITO a pena ver, mas prepara que você pode se emocionar. Acredito que é uma boa pedida para variar dos dramas em andamento.

Para assistir tem na Netflix e na fansub Dramaskfan.

- Adm Luiza


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