Resenha: Godzilla Minus One (Filme)

Filme: Godzilla Minus One
Ano: 2023 | País: Japão
Gêneros: Ação, Ficção Científica, Drama
Duração: 2h 5m | Classificação: 12+
Sinopse: Dois anos após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), o Japão tenta se reerguer social e economicamente após a destruição causada pelas bombas nucleares lançadas pelos Estados Unidos. A situação de catástrofe aumenta ainda mais quando o exército avista um gigante lagarto radioativo que põe em risco as embarcações na orla japonesa. Agora, toda a força nacional se mobiliza para impedir que o monstro apelidado de "Godzilla" não chegue em Tóquio e arrase ainda mais o país já debilitado.
Onde assistir: Netflix (Site/App)

Tá aí um filme que se não fosse a grande indicação da diva Isabela Boscov (link vídeo da crítica), eu não veria, porque o quanto ela comenta com paixão pela obra, obviamente atiçou minha curiosidade. E quando vi, valeu cada segundo! Seja pela história cativante, ou clima de tensão ou mesmo o bom uso de efeitos especiais, Godzilla Minus One é um exemplo de como fazer um bom filme de monstro que conquista até o público fora da bolha como eu!


A história é bem de volta às origens do primeiro filme do Godzilla lançado em 1954, com o Japão destruído pós guerra e após duas bombas atômicas. Encontramos um país destruído, derrotado e em luto, assim conhecemos os personagens, sendo o protagonista Koichi Shikishima (Ryunosuke Kamiki) um ex-piloto kamikaze e único sobrevivente do ataque do Godzilla na Ilha Odo, lá todos os seus companheiros morreram e ele fugiu, por isso ele carrega um peso da culpa e o trauma de ser a única pessoa que presenciou tal monstruosidade. Outro detalhe é que pilotos kamikaze são pilotos suicidas, que no último ataque final o piloto se lança junto com o avião no alvo, então, tecnicamente, pilotos kamikaze não sobrevivem e esse é outro motivo de culpa do protagonista, ele não “honrou” seu país. E isso é algo que é bem intrínseco na cultura japonesa de honrar o país, mas o filme também levanta o debate da falta de valorização da vida e se questiona como resolver isso. Então com o reaparecimento do Godzilla em local mais próximo do Japão, traz um alerta da população e formas de tentar impedir que o monstro chegue até a capital Tóquio.


Ao contrário de muitos filmes de monstros, o foco não é no Godzilla em si e sim nas consequências da destruição. E por isso o filme é tão cativante, ele faz nós torcemos para os personagens e ainda ficamos super tensos na possibilidade do monstro aparecer. Além de ficarmos nos questionando praticamente o filme inteiro em como derrotar um ser praticamente indestrutível. O Godzilla é uma mutação radioativa e quanto mais atacam ou ele consome itens radioativos, mais forte ele fica e se regenera. Assim, como um país detonado pós guerra pode lutar contra isso? E aí que fica a questão para ver o filme kkk...


Além disso, os efeitos especiais são muito bem feitos e é até incrível pensar que o filme teve um orçamento de menos de um décimo de um filme no mesmo estilo americano. As cenas do ataque  do Godzilla são até bem “realista” e não tem como sobreviver. E o Godzilla em si tem uma aparência de mal mesmo, no sentido de dar medo e ser uma criatura unidimensional com o objetivo de destruir tudo que tem pela frente. E o engraçado é que a presença dele é tão forte, que mesmo ele aparecendo pouco, sua “sombra” está sempre presente.


Outro detalhe, é que num período bem próximo dois filmes do Godzilla foram lançados. O dessa resenha que chegou aos cinemas no final de 2023 e o filme americano “Godzilla vs Kong 2” lançado em março de 2024. E claramente dá pra notar diferença entre os dois tanto no cuidado estético, quanto no quesito desenvolvimento da história, o que dá para notar a discrepância das críticas. Enquanto Godzilla Minus One é super elogiado e vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Especiais, Godzilla vs Kong 2 é uma continuação duramente criticada e até desnecessária. Nada melhor que um filme japonês para um personagem japonês que está ligado a um imaginário fantasioso sobre o trauma pós-guerra…


Portanto, super recomendo ver o filme mesmo que não seja a sua praia, porque pode surpreender. Além de ser uma ótima oportunidade de ver acompanhado de pessoas que não curtem doramas ou romance ainda mais agora que está no catálogo da Netflix, esse é um entretenimento para família no geral!


- Adm Luiza

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Trailer Dublado

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